A balança comercial brasileira começou junho de 2025 com um superávit de US$ 1,98 bilhão na primeira semana do mês. A corrente de comércio totalizou US$ 12,3 bilhões, sendo que as exportações somaram US$ 7,1 bilhões e as importações alcançaram US$ 5,147 bilhões. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Acumulado do ano mantém saldo positivo
No acumulado de 2025 até a primeira semana de junho, as exportações brasileiras totalizaram US$ 144,1 bilhões, enquanto as importações chegaram a US$ 117,6 bilhões. Esse cenário gerou um saldo positivo de US$ 26,4 bilhões e uma corrente de comércio de US$ 261,7 bilhões.
Comparativo das médias diárias com 2024
A média diária de exportações na primeira semana de junho de 2025 foi de US$ 1,425 bilhão, representando uma leve queda de 0,8% em relação ao mesmo período de 2024, que registrou US$ 1,436 bilhão. Já as importações caíram 8,1%, ando de US$ 1,120 bilhão para US$ 1 bilhão. A média diária da corrente de comércio ficou em US$ 2,455 bilhões, com um saldo diário de US$ 396,07 milhões, o que corresponde a uma redução de 4% na corrente de comércio comparada a junho do ano anterior.
Desempenho por setores nas exportações e importações
- Exportações:
- Indústria de Transformação cresceu US$ 83,17 milhões (11,7%).
- Agropecuária recuou US$ 63,16 milhões (16,4%).
- Indústria Extrativa caiu US$ 35,21 milhões (10,6%).
- Importações:
- Agropecuária teve alta de US$ 1,15 milhão (4,9%).
- Indústria Extrativa apresentou queda acentuada de US$ 31,22 milhões (52,2%).
- Indústria de Transformação diminuiu US$ 55,41 milhões (5,4%).
Produtos que puxaram a queda nas exportações
Na Agropecuária, destaque para a queda nas vendas de:
- Animais vivos (excluindo pescados e crustáceos) (-80,6%)
- Milho não moído, exceto milho doce (-86,7%)
- Soja (-21,2%)
- Na Indústria Extrativa, as maiores retrações foram em:
Outros minerais em bruto (-47,6%)
- Minério de ferro e seus concentrados (-12,6%)
- Minérios de cobre e seus concentrados (-97,1%)
Na Indústria de Transformação, caíram as exportações de:
- Farelos de soja e outros alimentos para animais (-36,0%)
- Óleos combustíveis (exceto óleos brutos) (-38,5%)
- Aeronaves e partes (-90,7%)
Produtos com crescimento nas exportações
- Agropecuária:
- Frutas e nozes frescas ou secas (85,0%)
- Café não torrado (32,4%)
- Sementes oleaginosas diversas (1.175,2%)
- Indústria Extrativa:
- Pedra, areia e cascalho (37,4%)
- Minérios de alumínio e concentrados (73,4%)
- Outros minérios e concentrados metálicos (47,5%)
- Indústria de Transformação:
- Carne bovina (60,4%)
- Veículos automóveis de ageiros (115,7%)
- Ouro não monetário (142,6%)
Principais variações nas importações
Produtos que caíram nas importações:
- Agropecuária: frutas e nozes (-31,2%), especiarias (-44,4%), sementes oleaginosas (-33,6%)
- Indústria Extrativa: carvão (-86,0%), óleos brutos de petróleo (-33,4%), gás natural (-99,9%)
- Indústria de Transformação: óleos combustíveis (-27,3%), fertilizantes químicos (-31,7%), veículos automóveis (-51,3%)
Produtos que cresceram nas importações:
- Agropecuária: trigo e centeio não moídos (9,8%), centeio, aveia e outros cereais (953,5%), látex e borracha natural (34,8%)
- Indústria Extrativa: pedra, areia e cascalho (178,9%), outros minerais em bruto (1,5%), minérios de base metálica (8,3%)
- Indústria de Transformação: compostos orgânico-inorgânicos (28,9%), medicamentos (29,6%), medicamentos veterinários (36,8%)