Publicado em: 13/06/2025 às 10:35hs
Na quinta-feira (12), o dólar fechou em alta de 0,07%, cotado a R$ 5,5421, enquanto a bolsa brasileira encerrou com ganho de 0,49%, aos 137.800 pontos. Nesta sexta-feira (13), às 9h01, a moeda americana opera em alta de 0,48%, valendo R$ 5,5688. O Ibovespa ainda não começou a operar e deve iniciar os negócios após as 10h.
Os recentes ataques em larga escala realizados por Israel contra o Irã geraram um forte sentimento de aversão ao risco no mercado internacional. Investidores buscaram ativos considerados seguros, como o dólar e o ouro, refletindo o aumento da incerteza.
A madrugada de sexta-feira (13) no Brasil foi marcada pelo bombardeio israelense a infraestruturas nucleares iranianas. O ataque resultou na morte de líderes militares iranianos, como Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária, e Mohammad Bagheri, chefe das Forças Armadas, além de dois cientistas nucleares. Teerã prometeu responder ao ataque.
Israel afirmou que o Irã lançou mais de 100 drones contra seu território. A população israelense foi orientada a permanecer próxima a abrigos e evitar locais abertos. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionou o Irã para um acordo nuclear imediato, alertando para possíveis consequências graves.
Os mercados de ações globais caíram significativamente após os ataques. Na Europa, o índice Euro Stoxx 50, que reúne as principais empresas da zona do euro, recuou 1,30% pela manhã, atingindo o menor nível em três semanas e se encaminhando para a quinta sessão consecutiva de queda — a maior sequência desde setembro de 2024.
Frank Oland, estrategista-chefe do Danske Bank, comentou que “não está claro se o conflito se tornará uma guerra regional maior, mas, caso não, o foco dos mercados europeus logo deve se deslocar para outros assuntos”.
O ouro, tradicional ativo de proteção em tempos de crise, subiu 1%, cotado a US$ 1.416 a onça, aproximando-se do recorde histórico de US$ 1.500,05 registrado em abril.
Os preços do petróleo subiram mais de 8% na manhã desta sexta-feira, alcançando máximas não vistas há vários meses. A alta reflete o temor de que os ataques iranianos possam afetar o Estreito de Ormuz — agem crucial por onde circula cerca de um quinto do consumo mundial de petróleo.
Apesar da tensão, até o momento o estreito e o fluxo de petróleo na região não sofreram interrupções. Contudo, analistas do JPMorgan alertam que, no pior cenário, o fechamento do estreito ou retaliações dos principais produtores da região poderiam elevar os preços do barril para a faixa de US$ 120 a US$ 130, quase o dobro das projeções atuais.
Este cenário destaca a volatilidade dos mercados diante da escalada das tensões no Oriente Médio e reforça a importância do monitoramento constante dos impactos no cenário econômico global.
Fonte: Portal do Agronegócio
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